Um coração grávido

A frase requer explicação palavra a palavra.
Um: número inteiro, que segue o zero e precede o dois.
Coração: símbolo internacional de afeto.
Grávido: caracterizando o momento antes do nascimento.

Estamos falando de adoção por parte de pessoas solteiras. Quando falamos do Projeto ConheSeremos falamos muito sobre as mudanças de paradigmas causadas pelo conhecimento. Quando eu conheci um pouco mais sobre a possibilidade de adoção por parte de um coração solteiro, isso iluminou o meu próprio. O pensamento de que não é necessário casar para ter filhos, que existem esperanças maiores para mulheres e homens que desejam ter um filho e que não necessariamente dependem de outra pessoa para isso. Felicidade tamanha dentro dessa esperança. Deixo abaixo uma curta entrevista que fizemos com Annie Baracat que abriu muito minha mente.

1. Você sente que existem, por conta de burocracias ou preconceitos, maiores dificuldades para adoção por parte de pais/mães solteiros do que por parte de casais?
Sinto que perante a Justiça, o procedimento para casais ou para pessoas solteiras é o mesmo. Já para as pessoas ainda existe preconceito e curiosidade. Primeiro com a adoção em si, pensam que todos que adotam, o fazem por um problema de saúde.
Outro ponto é estranhar uma pessoa adotar sozinha. Questionam desde se pode adotar sendo solteiro, ate perguntar porque uma pessoa opta por ter um filho sozinho. Por que não se casar?! A estrutura familiar mudou faz tempo, ha anos mulheres são chefes de família, mas ainda não é cem por cento aceito.

2. O que devemos levar em conta, como solteiros/as, no momento de decisão sobre adotar ou não uma criança?
Primeiro, O motivo da maternidade/paternidade, qdo nasce em nos o desejo de construir nossa família, nada nos detêm. Parece que tudo conspira a favor, segundo como vc cuidara do teu filho, pois embora a maternidade uni-parental seja maravilhosa, eh preciso haver um preparo, ter as coisas pensadas, no sentido de poder receber uma criança com segurança e amor.

3. Se você pudesse enviar uma mensagem aos pais e mães solteiros com relação à experiência de adotar um filho que pudesse animá-los em se engajar nesta viagem tão incrível, o que dirias?
Diria para não ter medo. É difícil, mas cada segundo é recompensador. E diria também para não se importarem com as opiniões alheias. Elas não nos impulsionam para frente, pensar diferente não é algo errado, só é diferente.

Este foi um dos maiores aprendizados que tive durante o mês deste tema.
Que esta mensagem nos leve a refletir sobre nossa ideia de estrutura familiar.

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