Julho/2016 – Islã no Brasil

Introdução

Minha motivação por dedicar um mês a conhecer o Islã, especialmente no Brasil, advém de minha preocupação pelas pessoas que são adeptas aos ensinamentos e dogmas desta religião e que possam vir a serem julgadas ou até discriminadas pelo pouco conhecimento que temos sobre sua realidade. Concomitantemente, vivemos em tempos onde a palavra “Islamismo” está se confundindo de forma errônea com eventos globais e, pela repercussão da mídia, pode levar-nos a concluir de forma equivocada sobre os reais preceitos do Islã. Espero que consigamos reunir neste mês a visão tanto de quem vem ao Brasil e o que sentem sobre como os tratamos assim como de Brasileiros que vivem em países de base Islâmica. Procuremos o conhecimento para um melhor convívio. Islã é paz! Que a paz esteja sobre vós. Salaam Aleikum.

Leituras

FAMÍLIA

No Islã, considerar o bem-estar do “outro” ao invés de apenas o “eu” é uma virtude tão enraizada na religião que é evidente até mesmo para aqueles fora dela.  O advogado britânico humanitário e defensor de direitos civis, Clive Stafford-Smith, um não-muçulmano, declarou: “O que eu gosto sobre o Islã é o foco sobre o grupo, que é oposto ao foco do Ocidente sobre a individualidade.”[1]

Os indivíduos que formam qualquer sociedade são unidos através de vínculos relacionados a um grupo.  O mais forte de todos os vínculos sociais é o da família.  E embora seja justificavelmente argumentado que a unidade familiar básica seja a fundação de qualquer sociedade humana, isso é particularmente verdade para os muçulmanos.

PAIS

Uma das razões da família islâmica funcionar é a sua estrutura claramente definida, onde cada membro da família sabe o seu papel.

O pai é o pastor de sua família, protegendo-a, provendo-a, e se empenhando para ser um modelo e guia dentro de sua capacidade como chefe da família.  A mãe é a pastora sobre a casa, guardando-a e engendrando nela o ambiente de amor que é necessário para uma vida familiar feliz e saudável.  Ela também é a principal responsável pela orientação e educação das crianças.  Se não fosse pelo fato de um dos pais assumir o papel de liderança, inevitavelmente haveria disputa e briga perpétuas, levando ao colapso familiar – assim como haveria em qualquer organização que carecesse de uma única autoridade hierárquica.

É apenas lógico que aquele que é naturalmente física e emocionalmente mais forte seja feito o chefe da casa: o homem. Quanto às crianças, os frutos do amor de seus pais, o Islã estabelece ensinamentos morais abrangentes prescrevendo a responsabilidade parental e os deveres recíprocos da criança em relação aos seus pais.

PRINCÍPIO GERAL

Existe no Islã um princípio geral que afirma que o que é bom para um é bom para outro.  Ou, nas palavras do Profeta:

“Nenhum de vocês verdadeiramente crê até que ame para o seu irmão o que ama para si mesmo.” (Saheeh Al-Bukhari, Saheeh Muslim)

Como se poderia esperar, esse princípio encontra sua maior expressão em uma família muçulmana, o núcleo da sociedade islâmica.  Entretanto, a dedicação do filho aos seus pais é, na verdade, estendida a todos os idosos da comunidade.  A misericórdia e preocupação que os pais têm por suas crianças é igualmente estendida a todos os jovens.  Na verdade, é como se o muçulmano não tivesse escolha nessas questões.  Afinal, o Profeta disse:

“Aquele que não demonstra compaixão com as nossas crianças e nem honra os nossos idosos, não é de nós.” (Abu Dawood, Al-Tirmidhi)

O Casamento Islâmico
Site: Religião de Deus
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7 perguntas que você provavemente se faz sobre o ramadã, mês sagrado para os muçulmanos.
Texto de Diogo Bercito
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Extremistas defendem seus egos, não lei islâmica
BBC Brasil
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Pessoa” name=”Como é ser muçulmano em época de atentados?
UOL Comportamento
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Vídeos

Projetos

Desbravadoha
Relatos de uma brasileira no Qatar
Além da parte turística, Thaís Cunha escreve sobre as diferenças culturais em um país onde o Islã é predominante.

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Explicando a Síria
Podcast dedicado à entender os acontecimentos dos últimos 10 anos na Síria. Feito por Brasileiros, inclui relatos sobre o Islã no Brasil.

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Relatos Pessoais

“…é com grande gratidão que estou conhecendo está religião que tanto admiro e me sinto bem e honrada, espero em um dia próximo ter conhecimento suficiente do Islã, sei que não é fácil embora seja dura a jornada estou feliz em aprender, e me tornar uma mulher muçulmana que é meu desejo e não terei vergonha, serei uma mulher respeitada, alem de qualquer preconceito, muçulmano não mata, não trai não desrespeita suas mulheres, e cuidam dela como um bem precioso, obrigado Islã, o Islã no brasil é uma benção de Deus…” VM

“Sim, eu não era muçulmana como muitos pensam e na verdade nunca tinha sequer imaginado que poderia um dia ser.
Há quase um ano atrás tive contato com o Islam muito superficialmente somente para me certificar que as amizades que minha filha tinha com muçulmanos não iriam ser ruins, pois afinal, somente sabia o que a midia dizia.
Me informei e constatei que muçulmanos eram pessoas do bem e devotos de Allah (Deus) , achei normal e não haveria nada demais nesta troca de conhecimentos e cultura para minha filha …
O que eu não sabia é que Allah usava dela para me aproximar do Islam e num belo dia em que eu estava muito triste e chorava, já tendo rezado para Deus e para todos os santos católicos disse em meio de lágrimas ao meu marido: ” Já rezei para todo santo , para Deus, ninguém me ouve… Só falta eu rezar para Allah!” e completei com um desafio… “Allah, se você realmente existe, se me escuta, me dê um sinal, pois não creio mais em nada”.
Acreditem, neste mesmo instante meu celular tocou, era uma mensagem no mensager de um estranho na época. Esta mensagem questionava se eu queria encontrar a felicidade, por que eu estava tão triste e se queria conhecer Allah. Mostrei imediatamente ao meu marido e comecei a chorar, era o sinal que pedi. Mandei a resposta em seguida e comecei a falar com o homem que me ensinava coisas sobre o Islam. Enquanto escrevo minhas lágrimas rolam pois nunca imaginei receber tanto amparo espiritual entre irmãos como no Islam.
Pouco dias após tive um sonho, onde uma luz me dizia para unir muçulmanos e em especial na minha cidade. No sonho eu disse que eu não poderia pois não era muçulmana. Mas a voz disse: “Vá e faça , você pode”. Acordei e tive uma ideia , já que eu não conhecia muçulmano algum, iria fazer um grupo no facebook e assim encontrar alguem em minha cidade. Comecei com 3 pessoas… em uma semana eramos 70 e eu toda feliz resolvi conhecer uma Mesquita em São Paulo.
Fui até a Mesquita do Pari e muito tímida entrei lá, não sabia como me portar e nem rezar. Uma mulher que mal falava minha língua me mostrou um local para pegar uma saia e um “pano” para a cabeça. Vou confessar uma coisa engraçada, fiz minha primeira oração lá, na verdade, com duas saias, uma na cintura e outra na cabeça pois peguei errado e não sabia o que era para fazer (iniciantes dão gafes).
Um irmão do grupo foi para lá e me apresentou o sheikh o qual me ofereceu meus primeiros livros e alcorão. Fiquei muito feliz.
O grupo continuou crescendo e em menos de um mês eramos 700!
Encontrei naquela semana pela internet um outro irmão, egípcio, que morava em minha cidade e que seria fundamental para meu encaminhamento no Islam pois me ensinou várias coisas entre elas a orar em árabe. Dias após fiz a primeira reunião de muçulmanos de minha cidade e mal acreditei quando vi o sonho se realizando…
Me converti pelas mãos dos meus dois grandes irmãos e amigos, o que me apresentou o Islam (árabe saudita) e o que me ensinava os primeiros passos na minha cidade (egipcio). Foi no dia que escolhi com cuidado … Dia de Arafat.
Quatro dias depois, conheci em minha cidade outra pessoa especial, um sheikh que com sua humildade veio trazer palavras de incentivo, conforto e paz ao grupo que estavamos formando.
Hoje nosso grupo Iniciantes no Islamismo tem mais de 3400 membros, nosso grupo em minha cidade agrega pessoas de cidades vizinhas, conheci a Mesquita de Barretos e pessoas maravilhosas entre elas o Sheikh de lá e sua linda familia e um irmão especial (duro na queda, que dá uns puxões de orelha e nos faz crescer).
Compartilho com vocês neste Ramadan minha historia porque sonhos podem se tornar realidade e o improvável pode acontecer.
Hoje sou muçulmana com orgulho, aprendo todos os dias com vocês aqui do grupo, digo TODOS vocês, pois todos oferecem algo seja pequeno ou grande, todos estamos numa mesma caminhada trocando informações, aprendendo e ensinando.
Acreditem, Allah nos ouve o tempo todo, mesmo quando nem imaginamos. As coisas não acontecem como nós queremos e na hora que queremos, mas na hora e momento que Ele quer.
Que esta minha história seja um incentivo para quem duvida se alguém escuta as suas preces. Tenha certeza irmão ou irmã, Allah escuta.” PG

Certo dia um árabe me perguntou: O que você sente ao escutar esta música? Eu disse fé e devoção. E você? O que sente?

Conversas

Wafa Koubaa
Bom dia! Eu sou muculmana e o que eu gosto da religion e que vc sempre tem espacio para ser uma pessoa melhor. vou escriver em english / portuguese pq faz tempo 🙂 O Isla deixa a vida in perspective so the purpose of life is to worship and be grateful to your creator and be good to the people around you. It makes hardships easier because you know what’s really importante is Deus e nao e a coisa ou a problema de hoje e tambem it makes happiness sweeter because vc sabe isso vem de Deus q created and maintained everything and yet listens to me and knows everything about me. Everytime I increase in my practice in being a better muslim like praying more or doing more good it’s like reaching a goal it’s something I can work towards and the learning never ends so while people are chasing the next wordly goal like a house or a car I have something to strive for that’s rewarding and lasts and makes you feel good about it for a long time and makes people love and appreciate you because being a good muslim is having good character and being generous and caring for those around you. Quando eu morei no Brasil, eu pensei muito de Deus porque a beleza q o Brasil tem voce nao pode ver mar assim ou montains assim e nao fala subhanallah (in appreciation of something that can only be from God) e tambem pensei muito em o q tem na vida q vem. O nosso prophet falou q essa vida e como a agua q fica no seu finger when you dip it in water e a proxima vida e como todo a agua q tem no mundo, eu viu o mar para a primeria vez no Rio e na Ipanema tem muito agua.

Eu gostei o Brasil people were nice and for the most part they asked questions not because they were being argumenative or rude but because I was interesting to them and of course taking pictures, it felt like being famous lol the only difference is that the US has many more muslims so people know that you need to respect muslim women and I didn’t get that in Brasil probably because it’s not something you encounter everyday. I still go back every year and still very much in love with the country that stole beauty from the rest of the world.